23 FEVEREIRO 2011
#4YearsOfMyAnimesDiary

domingo, 7 de outubro de 2012

FanFic "Novas Oportunidades": Capítulo 2

Oi Ninna! Me desculpem pela demora nesta fic, mas eu não sabia o que escrever. Eu acabei o capítulo ontem, mas só hoje tive net. Confesso que este capítulo é muito triste, mas é um capítulo de transição. 


Capítulo 2: “Adeus, avó”
        #Perspetiva Anita#
        A Sofia reconfortou-me e regressou a casa, mencionando que iria falar com a mãe e que depois ia ao Hospital ver a minha avó. Eu despedi-me dela e regressei para perto do meu pai. Ana já tinha recuperado do seu pequeno susto com a sua Barbie desaparecida e brincava alegremente com ela em cima do sofá. Eu sentei-me ao pé dela e comecei a fazer-lhe cócegas, enquanto o meu pai conversava com o médico que tinha vindo na ambulância. Pouco tempo depois, o meu pai chamou-nos. Eu fui buscar o meu telemóvel e a mala com as coisas da Ana e entrei no carro. Coloquei a minha irmã na cadeirinha e o carro arrancou a todo o motor.
        Depois de 2 longas horas sentada nas cadeiras da sala de espera, o médico chega com notícias da minha avó, ao mesmo tempo que a porta de entrada se abre e aparece a minha mãe. Ela abraçou-nos e nós os 3 encarámos o médico.
        - A sua mãe teve uma recaída muito forte – Disse o médico, dirigindo-se ao meu pai – Ela não está a reagir bem aos tratamentos, temos de ter em consideração uma mudança da medicação.
        - Claro – Disse o meu pai – Faça o que o senhor achar melhor. Eu confio em si.
        O médico estava a dar-nos indicações sobre o que fazer quando a minha avó saísse do Hospital quando uma enfermeira chega rapidamente até nós.
        - Senhor doutor – Disse ela, ainda a recuperar o fôlego – Tem de se dirigir imediatamente à sala de operação. A paciente deu início a um enfarte, precisamos de si com urgência.
        Uma lágrima escorreu pela minha face e eu notei a preocupação atingir a expressão do meu pai. A minha mãe abraçou-se a ele, enquanto eu apenas ficava agarrada a Ana, que continuava sem perceber o porquê de estarmos naquele sítio. O médico quase voou em direção à sala de operações, sempre seguido pela enfermeira. Eles estavam a demorar para trazer notícias, eu já estava a dar em doida com receio de que acontecesse o pior.
Meia hora depois, o médico regressa até nós. E não vinha com boa cara.
        - Então, senhor doutor – Disse a minha mãe – Como está a minha sogra? Ela já recuperou?
        O médico inspirou fundo.
        - Lamento, mas a senhora não resistiu ao enfarte. Ela faleceu.
        Os meus pais começaram a chorar agarrados um ao outro. As minhas pernas cederam e o meu corpo caiu na cadeira. Como assim a minha avó tinha partido? Ela era uma das minhas melhores amigas, era minha confidente. Ela ajudava-me sempre com os meus problemas, estava sempre pronta para me defender e era uma pessoa sábia, sabia sempre o que dizer. Eu não conseguia imaginar o meu mundo sem ela. E não conseguia arranjar uma maneira subtil de dizer à minha pequena irmã de 3 anos que a nossa avó acabara de morrer.
        - Sinto muito – Disse o médico, retirando-se de seguida.
        Eu peguei na Ana ao colo e simplesmente chorei agarrada aos meus pais. Ana perguntava-nos o que se passava, mas nenhum de nós conseguia falar. Ganhei forças para dizer a verdade à minha irmã.
        - Foi a avó Matilde.
        - O que aconteceu à avó Matilde? – Perguntou Ana, enquanto enrolava dois fios do meu cabelo nos seus pequenos dedos.
        - A avó Matilde já não está entre nós. Ela partiu para um sítio melhor.
        - Ela foi para o céu? Para ao pé dos anjos?
        - Sim, Ana. A avó foi para o céu. Ela agora está com os anjos.

        Xx

        O meu choro era incontrolável, embora silencioso, enquanto o padre rezava a missa em honra da minha avó. O seu corpo desprovido de vida encontrava-se no caixão aberto à nossa frente. Eu, Ana e os meus pais estávamos de um dos lados do caixão, o tio Luís com a mulher e os dois filhos do outro. Eles também choravam muito, tinham muita pena de não terem estado lá quando a avó partiu. No fundo, nenhum de nós esteve lá. Ela morreu numa sala de operações, enquanto lutava contra o seu próprio corpo. Apenas os médicos lá estavam. Não havia nada que nós pudéssemos ter feito.
        Olhei para o lado e encontrei Sofia junto aos seus pais e irmãos. Ela tinha a cara baixa, também ela gostava muito da minha avó. Apesar da situação, consegui esboçar um pequeno sorriso. Havia tantas pessoas que gostavam da minha avó e que se preocupavam com ela… Porquê chorar agora? Tal como Ana disse, ela estava com os anjos, a zelar por nós lá de cima e a vigiar-nos, continuando a amar-nos como sempre nos amou.
        - Que Nosso Senhor Jesus Cristo te acolha no seu leito do bem, minha filha – O padre proferiu as últimas palavras em honra da minha avó e os coveiros começaram a baixar o caixão. As pessoas começaram a atirar rosas brancas. Apenas uma se destacava. Uma rosa vermelha contrastava com as outras rosas brancas que cobriam o caixão. Era o sinal de que a minha avó era diferente das outras avós, mais gentil, mais simpática e mais amorosa. A pessoa que a atirou? Quem sabe. Pode ter sido qualquer um dos presentes, incluindo eu.
        O caixão foi coberto com terra e flores foram colocadas na campa, que era junta à do meu avô, que tinha falecido 2 anos antes. As nossas lágrimas manchavam a terra. O meu pai e o meu tio ajoelharam-se e rezaram uma última vez pela alma da minha avó, tal como tinham feito com o meu avô. Levantaram-se e dirigiram-se de novo aos seus carros, deixando-me sozinha. Eu ajoelhei-me e comecei a falar com a minha avó.
        - Sabes, avó – Disse, enquanto acarinhava as flores que cobriam a campa – Um dia, uma pessoa muito sábia e gentil disse-me de devíamos ser felizes e seguir os nossos sonhos, não importa o que aconteça. E é isso mesmo que eu vou fazer. Eu vou seguir o meu sonho e, quando o conseguir concretizar, eu vou dedicá-lo a ti, que sempre me apoiaste – Passei os dedos na fotografia da minha avó – Aconteça o que acontecer, eu vou-te sempre amar, nunca te esqueças disso.
        Levantei-me e olhei à minha volta. Uma outra família despedia-se de um ente querido, por meio de muitas lágrimas e tristeza. Mas eu não iria chorar mais. A minha avó não iria querer que eu chorasse. Vi que Sofia estava não muito distante de mim, encostada a uma árvore. Ela sorriu-me e eu sorri-lhe de volta. Encaminhei-me para ela e olhei uma última vez para trás.
        - Adeus, avó.

2 comentários:

  1. foi triste,fiquei imocionada, chorei mas esta muito bonita :´)


    BY:Melanie

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    1. Obrigada Melanie, eu também achei triste, mas é um capítulo de transição *.* Senti a falta de seus comentários o.O

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