23 FEVEREIRO 2011
#4YearsOfMyAnimesDiary

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Capítulo 18 (último) - fic "Todos juntos"


      Último capítulo (18º) – “Todos juntos”

        Livro 2 – Jane
      O avião poisou no solo francês e eu esbocei um sorriso muito grande. Estava de volta ao sítio que me fazia feliz e ao meu príncipe encantado. Bem, ele não tinha saído de nenhum livro de fantasia, mas, mesmo assim, ele era o meu príncipe, pois era a pessoa que me fazia feliz.
        Fomos para casa. Eu cheguei ao meu quarto, poisei as minhas malas e saí a correr em direção à Torre Eiffel. Como eu esperava, ele estava lá. Eu gritei o seu nome e ele virou-se. Assim que me viu, começou a correr na minha direção. Quando me alcançou, elevou-me no ar e deu-me um beijo apaixonado, seguido de um abraço que me ia cortando o ar.
        - Jane, meu amor, senti tanto a tua falta – Ele disse.
        - Eu também senti muito a tua falta – Disse.
        Demos outro beijo e eu convidei-o para ir a minha casa. Estava na altura de o apresentar aos meus pais. E que fosse o que Deus quisesse.

        Livro 3 – Adriana
      Apesar de tudo o que fez, Numi não merecia ter uma morte como aquela. E ela era tão jovem. De cada vez que me lembrava do momento em que me comunicaram e ao meu irmão a notícia da morte da Numi, as lágrimas teimavam em cair.
        -Flashback on-
        Estávamos a sair de casa para irmos visitar a Snizhana no Hospital. Era o seu último dia lá, ele teria alta no dia seguinte. Quando o meu irmão fechou a porta, gritos ouviram-se na porta ao lado, a casa dos pais de Numi. Eu encarei o Benji e decidimos ir lá ver o que se passava antes de irmos para o Hospital. A porta estava entreaberta. Nós entramos e encontramos a mãe da Numi no meio de cacos dos pratos, encostada à parede, e o seu marido abraçado a ela.
        - Meu Deus! O que se passa? – Perguntou o meu irmão.
        - Foi a nossa filha – Disse o pai da Numi – Ela conseguiu fugir da clínica…e teve um acidente de carro.
        - Mas ela vai ficar bem, não vai? – Perguntei – Não é preciso ficarem assim, ela vai recuperar.
        - Não – Disse a mãe da Numi – Ela não vai recuperar. A minha filha…a minha filha morreu.
        As lágrimas brotaram dos meus olhos e os meus joelhos cederam. O meu irmão agarrou-me e abraçou-me. Choramos abraçados um ao outro.
        -Flashback off-
        Eu estava a preparar-me para o funeral da Numi. Calcei os meus sapatos e fui para a cozinha esperar pelo meu irmão. Momentos depois, ele chegou, e, pela sua cara, vi que ele estivera a chorar outra vez. Abracei-o e seguimos caminho para o cemitério. Estava lá muita gente que eu não conhecia, mas estavam lá todos os nossos amigos. Íamos apoiar-nos uns nos outros. Até a Snizhana lá estava. Apesar de tudo o que Numi lhe fez e apesar de estar de muletas, Sni fez questão de estar no funeral, pois, tal como eu, ela achava que Numi tinha morrido de uma forma muito violenta e que ninguém devia morrer tão cedo.
        O padre rezou pela alma da Numi. A mãe dela estava num choro incontrolável e o pai tentava acalma-la, mas era impossível. Afinal, a sua filha tinha morrido. Numi podia não ser sua filha biológica, mas tinham sido aqueles dois seres que lhe tinham dado o amor e carinho de uns pais que Numi nunca tinha tido. E ela devia-lhes muito.
        Todos dissemos um “Ámen” por Numi e o caixão foi baixado. Os pais atiraram um ramo de rosas vermelhas. As pessoas iam atirando também rosas, mas Benji surpreendeu-me quando atirou um fio com um anel dourado preso. Antes de o atirar, deu-lhe um beijo e levou-o ao sítio do coração. Atirou-o. Eu atirei uma rosa branca, que se destacava no meio das rosas vermelhas.
        Os coveiros começaram a por a terra por cima do caixão e todos chorávamos. Quando o caixão estava completamente coberto, a mãe de Numi deixou-se cair no chão e abraçou-se à terra que estava por cima do caixão da filha. Nós deixamos um ramo de rosas brancas junto à mãe de Numi e fomos embora.
        Os nossos amigos foram connosco para nossa casa. Quando lá chegamos, todos se sentaram e ninguém proferiu uma palavra. Estivemos assim durante um tempo, mas eu sentia que tinha de dizer alguma coisa e que era a única com coragem suficiente para falar naquele momento.
        - As pessoas erram – Disse e todos me olharam – Nós somos seres humanos, temos o direito ao erro. A Numi errou muito, principalmente com a Snizhana, mas ela não merecia uma morte assim. Ninguém merece.
        O Benji abraçou-se a mim e à Snizhana ao mesmo tempo. Começamos a chorar baixinho, tal como os outros. Mas aí veio Bruce O Azarento que nos conseguiu arrancar um sorriso do rosto num momento tão triste.
        - Pessoal, tenho fome – Disse o Bruce – Benji, o que há nesta casa para eu encher a pança?
        Desata-mos à gargalhada, o Bruce era mesmo divertido. Eu levantei-me e fui buscar uns pacotes de bolachas que tínhamos na despensa e entreguei-os ao Bruce.
        - Alguém quer? – Perguntou o Bruce – Quem quiser fale agora ou cale-se para sempre!
        Voltamos às risadas. Bruce encheu a boca de cookies e quase que deixava cair aquilo tudo ao tentar rir-se. Levantamo-nos e demos um abraço de grupo.
        - Quem me dera que a Jane estivesse aqui – Disse a Bia.
        - Ela pode não estar aqui connosco, mas todos sabemos que ela faz e sempre fará parte do nosso grupo – Disse – Pessoal, temos de nos manter unidos. É nestes momentos que a nossa amizade é posta à prova. Se nos mantermos juntos, unidos, conseguiremos superar todos os obstáculos.
        - Todos juntos – Disse a Patty.
       - Todos juntos – Dissemos.

E é assim que me despeço de mais uma fic. Talvez faça um capítulo extra
Bjs

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